bião e vida....lá em canudos cantando
obrigado maria, obrigado josé, obrigado pelo leito, café e o pão...
obrigada bião, pela música...pelo sertão...
miércoles, 19 de enero de 2011
Umbuzada, el viagra del sertão
Me fui de Canudos un domingo por la tarde, cuando el 2011 estaba nuevecito. Me despedí de Canudos frente al bar da Tia Leia. Saudades que apretan mi corazón, los amigos nuevos de Canudos me acompanharon, me dejaron notas y cartitas..mensajes para que vuelva, para que no demore en volver.
La cruz
De manhá John Cat me falou que me levaria a um lugar muito importante: então abriu a porta sempre fechada de uma igreja, a luz do dia iluminou todo com rapidez, lá uma enorme cruz de madeira...velha cruz.....e me dijo com lágrimas em los ojos: es la cruz de canudos, sobrevivió para todos nosotros,
A cruz da igreja de Monte Belo, o arraial que o Conselheiro criou, a cruz da igreja da primeira Canudos....
Umbuzada, o viagra do sertão
Misturar suco de umbu com leite de cabra. Beber um copo de manhá. Recomenda-se usar com moderação, qualquer excesso pode trazer perigos para a saúde.
Mejora el rendimiento si se toma la umbuzada com rapadura y com carne de jabá (carne de sol).
Xarope de dona Maria de Jesús ou amor de mãe
Deu coração de mãe, todo mundo se da bem, todo mundo vem me procurar. No posto mandam as mães a comprar meu xarope. Xarope contra as inflamações, tem aroeira, favela, casca de rosnia, erva do precí, cajueiro, a flor da caatingueira e mel.
Mel de abelha branca
Uma abeja flaquita, muy apreciada, sirve no solo para curar, como para dar suerte, mucha suerte. Abre caminos.
Pedra de Bendegó
Hace 200 años cayó un meteorito en Bendegó. Pedra preta, esquisita, os vaqueiros não se encostam nela. Um piedra del espacio, matéria que no es de la tierra. Qué curiosidad! Materia del universo no terrícola. Me regalaron fragmentos pequeños de la piedra de Bendegó.
Dona Zefinha e a festa de reis
Ella tiene uma mirada brillante, transmite uma paz llena de amor, ella ama su lugar. Es sobrina de João Regis, aquel labrador que acompañó a Evandro Teixeira en Canudos, aquel historiador nato de su pueblo. Ella está reviviendo la fiesta de reis en Canudos, quiere que lleguen las cantoras de Bendegó y sus cantorías seculares, el boi de Bendegó y que salgan en seresta por todo el pueblo, celebrando a los reyes magos...Así la vida se renueva. Ojala dona Zefinha, ojala puedas hacer renacer la fiesta.
É o onibus do domingo, ele vem de Euclides, chega quase cheio. Demora quase 7 horas até Jeremoabo. Galinhas, paquotes, o ônibus para quase a cada 5 casas, para em todo lugar que tem casa e sobe, sobe gente, não para de subir....muito calor, estrada de terra vermelha, em secreto me lembrei dos caminhos andinos e as polleras coloridas.
Saudades dos chocalhos dos bodes....uma música linda!
Linda como la música dos pífanos de bendegó...
La cruz
De manhá John Cat me falou que me levaria a um lugar muito importante: então abriu a porta sempre fechada de uma igreja, a luz do dia iluminou todo com rapidez, lá uma enorme cruz de madeira...velha cruz.....e me dijo com lágrimas em los ojos: es la cruz de canudos, sobrevivió para todos nosotros,
A cruz da igreja de Monte Belo, o arraial que o Conselheiro criou, a cruz da igreja da primeira Canudos....
Umbuzada, o viagra do sertão
Misturar suco de umbu com leite de cabra. Beber um copo de manhá. Recomenda-se usar com moderação, qualquer excesso pode trazer perigos para a saúde.
Mejora el rendimiento si se toma la umbuzada com rapadura y com carne de jabá (carne de sol).
Xarope de dona Maria de Jesús ou amor de mãe
Deu coração de mãe, todo mundo se da bem, todo mundo vem me procurar. No posto mandam as mães a comprar meu xarope. Xarope contra as inflamações, tem aroeira, favela, casca de rosnia, erva do precí, cajueiro, a flor da caatingueira e mel.
Mel de abelha branca
Uma abeja flaquita, muy apreciada, sirve no solo para curar, como para dar suerte, mucha suerte. Abre caminos.
Pedra de Bendegó
Hace 200 años cayó un meteorito en Bendegó. Pedra preta, esquisita, os vaqueiros não se encostam nela. Um piedra del espacio, matéria que no es de la tierra. Qué curiosidad! Materia del universo no terrícola. Me regalaron fragmentos pequeños de la piedra de Bendegó.
Dona Zefinha e a festa de reis
Ella tiene uma mirada brillante, transmite uma paz llena de amor, ella ama su lugar. Es sobrina de João Regis, aquel labrador que acompañó a Evandro Teixeira en Canudos, aquel historiador nato de su pueblo. Ella está reviviendo la fiesta de reis en Canudos, quiere que lleguen las cantoras de Bendegó y sus cantorías seculares, el boi de Bendegó y que salgan en seresta por todo el pueblo, celebrando a los reyes magos...Así la vida se renueva. Ojala dona Zefinha, ojala puedas hacer renacer la fiesta.
É o onibus do domingo, ele vem de Euclides, chega quase cheio. Demora quase 7 horas até Jeremoabo. Galinhas, paquotes, o ônibus para quase a cada 5 casas, para em todo lugar que tem casa e sobe, sobe gente, não para de subir....muito calor, estrada de terra vermelha, em secreto me lembrei dos caminhos andinos e as polleras coloridas.
Saudades dos chocalhos dos bodes....uma música linda!
Linda como la música dos pífanos de bendegó...
NAM MYOHO RENGUE KYO
Nam myoho rengue kyo
Nam myoho rengue kyo
Nam myoho rengue kyo
Para Rute, para Mariska
Repite ese mantra, mantra de la flor de lotús, mantra budista, mantra que nos conecta con el unverso. Com a conciência do movimento e do tempo, com a conciência da vida e da paz. Meditei o nam myoho rengue kyo e aprendi dele a través do amor da Rute no Rio de Janeiro e da Mariska em Cajamarca.
Dicen que em la base de la estatua de Antônio Conselheiro em Canudos Velho hay uma placa com uma misteriosa inscripción, em la que se lee: nam myoho rengue kyo. Cheguei em Canudos Velho, a segunda Canudos, em companhia do João e fomos visitar o museu Histórico de Canudos. Seu Manuel Travessa –morador da segunda Canudos- ergueu uma pequena casinha de um cômodo e foi colecionando objetos da velha primeira Canudos e assim o museu se formou. Uma antiga foto da sua família, xícaras, colheres, talheres, estilhaços de balas, balas, chaves enormes, espingardas, machados, dois altares, dois budas, fotos dos antigos moradores, o molde de um zapato de criança, uma pequena caminha de neném....
Mientras visitábamos el museo apareció seu José Olympo, neto de Manuelzão (afiliado do Conselheiro e sobrevivente da primeira Canudos). Ele também morou na segunda Canudos, ele lembra quando a água chegou e eles tiveram que abandonar as suas casas. El açude del Cocorobó, una gran obra para desviar el río Vaza Barris fue prometido en los anhos 1940 por Getúlio Vargas (ahora es leyenda la historia de la visita de Getúlio a Canudos). Getúlio prometió agua. En la década de 1950 empezó la obra, solo estuvo lista en los 60s. Los ingenieros hicieron una previsión: las aguas inundarían Canudos solamente 9 anhos después de terminada la obra. No fue así, las lluvias intensas inundaron la región e 1 anho. Não houve projeto de remoção dos moradores da segunda Canudos, as águas chegaram, eles fugiram, foram morar onde puderam, muitos perdearm o gado, o único que tinham. Isso foi o que me contou seu José Olympo. Ele lembra da pagua nos seus pés e da sua viznha, uma velha senhora chorando, sendo retirada da sua casa para não morrer. Alguns foram morar no monte, outros foram morar na casa dos familiares. Hoje ele mora em canudos Velho, pequeno arraial na beira do açude do Cocorobó.
La obra del açude del Cocorobó siempre fue polémica, muchos afirman que pudo haber sido contruída en otro lugar, que la intención simpre fue la de ahogar la memoria de Canudos. Eu me pergunto, que aconteceu depois da matança da primeira Canudos, a segunda, a dos sobreviventes, nunca deixou de ser um lugar miserável, abandonado, castigado. O Estado brasileiro nunca fez nada. Existe um hueco em la memória entre el fin de la guerra 1897 y la construcción del açude, década de 1950. Solo se sabe que el Estado fue siempre inexistente.
Só se conta a história de Canudos como uma história da guerra. Não se faz memória do acontecido depois da guerra nem da Canudos de hoje, onde todo mundo migra para São Paulo (lá existe a UPIDC, união pelos idéias de canudos), a educação é deficiente, o prefeito corrupto, e muitas das pessoas não tem interesse pela sua terra. Porém Canudos tem uma força que nem as águas podem afogar. Tanto assim que em 1997, nos 100 anos da guerra, houve uma terrível seca de 6 anos. As águas do açude desceram e a segunda Canudos apareceu.
Nam myoho rengue kyo
Le conté a don Olympo el significado de ese mantra o mejor dicho traté de contarle algo, pues es tan vasto como el misterio de la vida, imposible de ser contado, solo sentido. Falei que são palavras sagradas numa língua longínqua e de uma sabedoria ancestral e muito contemporânea. E lembrei da música do nam myoho rengue kyo quando oramos...
Nam myoho rengue kyo
Nam myoho rengue kyo
Para Rute, para Mariska
Repite ese mantra, mantra de la flor de lotús, mantra budista, mantra que nos conecta con el unverso. Com a conciência do movimento e do tempo, com a conciência da vida e da paz. Meditei o nam myoho rengue kyo e aprendi dele a través do amor da Rute no Rio de Janeiro e da Mariska em Cajamarca.
Dicen que em la base de la estatua de Antônio Conselheiro em Canudos Velho hay uma placa com uma misteriosa inscripción, em la que se lee: nam myoho rengue kyo. Cheguei em Canudos Velho, a segunda Canudos, em companhia do João e fomos visitar o museu Histórico de Canudos. Seu Manuel Travessa –morador da segunda Canudos- ergueu uma pequena casinha de um cômodo e foi colecionando objetos da velha primeira Canudos e assim o museu se formou. Uma antiga foto da sua família, xícaras, colheres, talheres, estilhaços de balas, balas, chaves enormes, espingardas, machados, dois altares, dois budas, fotos dos antigos moradores, o molde de um zapato de criança, uma pequena caminha de neném....
Mientras visitábamos el museo apareció seu José Olympo, neto de Manuelzão (afiliado do Conselheiro e sobrevivente da primeira Canudos). Ele também morou na segunda Canudos, ele lembra quando a água chegou e eles tiveram que abandonar as suas casas. El açude del Cocorobó, una gran obra para desviar el río Vaza Barris fue prometido en los anhos 1940 por Getúlio Vargas (ahora es leyenda la historia de la visita de Getúlio a Canudos). Getúlio prometió agua. En la década de 1950 empezó la obra, solo estuvo lista en los 60s. Los ingenieros hicieron una previsión: las aguas inundarían Canudos solamente 9 anhos después de terminada la obra. No fue así, las lluvias intensas inundaron la región e 1 anho. Não houve projeto de remoção dos moradores da segunda Canudos, as águas chegaram, eles fugiram, foram morar onde puderam, muitos perdearm o gado, o único que tinham. Isso foi o que me contou seu José Olympo. Ele lembra da pagua nos seus pés e da sua viznha, uma velha senhora chorando, sendo retirada da sua casa para não morrer. Alguns foram morar no monte, outros foram morar na casa dos familiares. Hoje ele mora em canudos Velho, pequeno arraial na beira do açude do Cocorobó.
La obra del açude del Cocorobó siempre fue polémica, muchos afirman que pudo haber sido contruída en otro lugar, que la intención simpre fue la de ahogar la memoria de Canudos. Eu me pergunto, que aconteceu depois da matança da primeira Canudos, a segunda, a dos sobreviventes, nunca deixou de ser um lugar miserável, abandonado, castigado. O Estado brasileiro nunca fez nada. Existe um hueco em la memória entre el fin de la guerra 1897 y la construcción del açude, década de 1950. Solo se sabe que el Estado fue siempre inexistente.
Só se conta a história de Canudos como uma história da guerra. Não se faz memória do acontecido depois da guerra nem da Canudos de hoje, onde todo mundo migra para São Paulo (lá existe a UPIDC, união pelos idéias de canudos), a educação é deficiente, o prefeito corrupto, e muitas das pessoas não tem interesse pela sua terra. Porém Canudos tem uma força que nem as águas podem afogar. Tanto assim que em 1997, nos 100 anos da guerra, houve uma terrível seca de 6 anos. As águas do açude desceram e a segunda Canudos apareceu.
Nam myoho rengue kyo
Le conté a don Olympo el significado de ese mantra o mejor dicho traté de contarle algo, pues es tan vasto como el misterio de la vida, imposible de ser contado, solo sentido. Falei que são palavras sagradas numa língua longínqua e de uma sabedoria ancestral e muito contemporânea. E lembrei da música do nam myoho rengue kyo quando oramos...
Canudos, 31 de dezembro. John Cat
Ossanha gostava das folhas, das pedras. De peixes também. Ele me ensinou que as pedras eram vivas. Desde então eu as mantenho imersas em copos cheios d`água, para que cresçam.
Caio Fernando Abreu
Llaman a la puerta. Quién será?
Desde hace un par de días mi cuarto en el Hotel Brasil se ha convertido en lugar de visitas, João (del memorial antônio conselheiro) me trae libros sobre Canudos e deixa videos no meu computador. Assim tive A Matadeira, o genial trabalho sobre Canudos de Jorge Furtado. Impossível esquecer a paixão e João pela história da sua terra. Y por fuerza del deseo de los canudenses me convirtieron em la nueva pesquisadora de canudos, esta vez uma peruana.
Bateram na minha porta, abri. Era John Cat, Zê do Gato, como gosto de chamar ele, ou José Raimundo como foi batizado. Apresentou-se contando a sua história, nascido em Canudos no acampamento de Pombinha Branca, na época em que estava se construindo o açude do Vaza Barris. O que viria a se converter no açude do Cocorobó. Que durante anhos trabajó como guía y que ahora no trabaja más y que está pensando seriamente en retomarlo. Que tiene una edición en alemán de la Guerra del Fin del Mundo, que acompanho a Ze Celso y su troupe do Teatro Oficina, cuando montaron Canudos en Canudos.Que quiere se locutor de radio. Que le apasiona la historia del Conselheiro y que suenha con conocer la tierra donde nasceu Antônio, Quixeramubim no Ceará.
John Cat me contou também do Raso da Catarina, uma enorme reserva de caatinga próxima de Canudos. Um lugar atravessado por um rio de areia que tem água só uma vez no ano e que é sobrevoado pela arara azul de lear. Lá cresce a flor do maracujá. Luego recordó el río cocorobó y cantó,
Cocorocó
Cidade de quatro o
Igreja de rol
Não casei com sua madrinha
Por causa da sua vô
Canudos tiene solo 25 anhos como Canudos, município independiente. Es la tercera Canudos: la primera fue la de la guerra, a Canudos do Conselheiro, la segunda, la de los sobrevivientes. Canudos que fue sumergida bajo las aguas. La tercera, la que conocemos.
A terceira Canudos nasceu do Acampamento de Pombinha Branca (gogo da ema, rua do xofé, açude da bosta, cacete armado, cachorro quente), dos trabalhadores do Açude. Quandoa barragem terminou as pessoas da segunda Canudos, e os trabalhadores do açude que ficaram formaram a terceira Canudos. Chamaram este lugar de Vila do Cocorobó e estava anexado ao Município de Euclides da Cunha. Nos 80s A vila de Cocorobó se fez independente de Euclides da Cunha, virou Canudos....para que ninguém esqueça de esta história.
Links. A matadeira, os sinos dobram por canudos
http://www.casacinepoa.com.br/os-filmes/produ%C3%A7%C3%A3o/document%C3%A1rios/matadeira
e os sertões por uzyna uzona
Caio Fernando Abreu
Llaman a la puerta. Quién será?
Desde hace un par de días mi cuarto en el Hotel Brasil se ha convertido en lugar de visitas, João (del memorial antônio conselheiro) me trae libros sobre Canudos e deixa videos no meu computador. Assim tive A Matadeira, o genial trabalho sobre Canudos de Jorge Furtado. Impossível esquecer a paixão e João pela história da sua terra. Y por fuerza del deseo de los canudenses me convirtieron em la nueva pesquisadora de canudos, esta vez uma peruana.
Bateram na minha porta, abri. Era John Cat, Zê do Gato, como gosto de chamar ele, ou José Raimundo como foi batizado. Apresentou-se contando a sua história, nascido em Canudos no acampamento de Pombinha Branca, na época em que estava se construindo o açude do Vaza Barris. O que viria a se converter no açude do Cocorobó. Que durante anhos trabajó como guía y que ahora no trabaja más y que está pensando seriamente en retomarlo. Que tiene una edición en alemán de la Guerra del Fin del Mundo, que acompanho a Ze Celso y su troupe do Teatro Oficina, cuando montaron Canudos en Canudos.Que quiere se locutor de radio. Que le apasiona la historia del Conselheiro y que suenha con conocer la tierra donde nasceu Antônio, Quixeramubim no Ceará.
John Cat me contou também do Raso da Catarina, uma enorme reserva de caatinga próxima de Canudos. Um lugar atravessado por um rio de areia que tem água só uma vez no ano e que é sobrevoado pela arara azul de lear. Lá cresce a flor do maracujá. Luego recordó el río cocorobó y cantó,
Cocorocó
Cidade de quatro o
Igreja de rol
Não casei com sua madrinha
Por causa da sua vô
Canudos tiene solo 25 anhos como Canudos, município independiente. Es la tercera Canudos: la primera fue la de la guerra, a Canudos do Conselheiro, la segunda, la de los sobrevivientes. Canudos que fue sumergida bajo las aguas. La tercera, la que conocemos.
A terceira Canudos nasceu do Acampamento de Pombinha Branca (gogo da ema, rua do xofé, açude da bosta, cacete armado, cachorro quente), dos trabalhadores do Açude. Quandoa barragem terminou as pessoas da segunda Canudos, e os trabalhadores do açude que ficaram formaram a terceira Canudos. Chamaram este lugar de Vila do Cocorobó e estava anexado ao Município de Euclides da Cunha. Nos 80s A vila de Cocorobó se fez independente de Euclides da Cunha, virou Canudos....para que ninguém esqueça de esta história.
Links. A matadeira, os sinos dobram por canudos
http://www.casacinepoa.com.br/os-filmes/produ%C3%A7%C3%A3o/document%C3%A1rios/matadeira
e os sertões por uzyna uzona
Salvador da Bahia...Bahia de São Salvador
Recuso a injeção para esquecer.
Caio Fernando Abreu
De criança eu adorava vestir a minha fantasia de abelha para brincar com a minha prima Mariella, meu irmão, seus irmãos...todos aparecemos danados nas fotos. Sei da fantasia de abelha pelas fotos da Kodak (com flash em forma de cubo gelo) com a que meu pai tirava fotos da gente o tempo inteiro.
A música é Arnaldo Antúnes e A casa é sua...
Passei meu anivêrsario, o dia 21 de solstício, em Salvador. Dia lindo, começou no rio e terminou com a prima Mariella...
Acordei em Maragogipe, banho de águas de rio e de mar no rio Paraguassú. Muito cedo,muito cedo, o sol tímido ainda nas águas do Paraguassú que rápidas me abraçaram...
Regreso, pasé de nuevo por São Félix, um adiós a Cachoeira y com sol llegué a Salvador. Paisajes de Salvador: elevador Lacerda, Pelourinho, Ladeira do Carmo, santo Antônio. Allí me esperaban Edmundo y Victoria, dos queridos amigos peruanos. Celebramos juntos el inicio del verano frente al mar de Jorge Amado y el horizonte se nos hizo infinito de miradas, palabras, suenhos, esperanzas, deseos, pareceres, más y más curiosidad....silencios de reconocerese, de conocerse, de encontrarse....
La maravilla de encontrarnos en Salvador...
Primera torta de coca, primeiro bolo de coca e o encontro das mulheres na noite de luar em Salvador, numa casa com ares de iemanjás, delicadas dobraduras de papel, caixinhas de mistérios, garrafas de todas as transparências e palavras onde menos imaginas encontrá-las...
Dias de mar e de encontro com a amiguinha, a prima da infância. Ainda lembro da Mariella piralha, danada, terrível, engraçada, louca...uma bela louca que ria como se o mundo fosse uma gargalhada. Isso foi em Lima, a nossa infância de brincadeiras, muitas travessuras (a gente aprontava pra caramba) e picarones em uma Lima de brincadeiras de rua, de bairro, de histórias para asustar a los hermanos menores...
Muito tempo depois as festas natalinas foram com essa prima Mariella, agora com a vida no Brasil....Recuerdo que Brasil entro em mi vida desde la infancia y a través del acento de tía Nilza, de su alegría, del pão de queijo mineiro que nos preparaba y los recuerdos de ella y de tío Carlos en voz alta, de sus historias de Brasil...que hicieron que un día atraviese américa del sur para saber cómo se siente al otro lado....
Ahora escribo desde este, el otro lado....
Caio Fernando Abreu
De criança eu adorava vestir a minha fantasia de abelha para brincar com a minha prima Mariella, meu irmão, seus irmãos...todos aparecemos danados nas fotos. Sei da fantasia de abelha pelas fotos da Kodak (com flash em forma de cubo gelo) com a que meu pai tirava fotos da gente o tempo inteiro.
A música é Arnaldo Antúnes e A casa é sua...
Passei meu anivêrsario, o dia 21 de solstício, em Salvador. Dia lindo, começou no rio e terminou com a prima Mariella...
Acordei em Maragogipe, banho de águas de rio e de mar no rio Paraguassú. Muito cedo,muito cedo, o sol tímido ainda nas águas do Paraguassú que rápidas me abraçaram...
Regreso, pasé de nuevo por São Félix, um adiós a Cachoeira y com sol llegué a Salvador. Paisajes de Salvador: elevador Lacerda, Pelourinho, Ladeira do Carmo, santo Antônio. Allí me esperaban Edmundo y Victoria, dos queridos amigos peruanos. Celebramos juntos el inicio del verano frente al mar de Jorge Amado y el horizonte se nos hizo infinito de miradas, palabras, suenhos, esperanzas, deseos, pareceres, más y más curiosidad....silencios de reconocerese, de conocerse, de encontrarse....
La maravilla de encontrarnos en Salvador...
Primera torta de coca, primeiro bolo de coca e o encontro das mulheres na noite de luar em Salvador, numa casa com ares de iemanjás, delicadas dobraduras de papel, caixinhas de mistérios, garrafas de todas as transparências e palavras onde menos imaginas encontrá-las...
Dias de mar e de encontro com a amiguinha, a prima da infância. Ainda lembro da Mariella piralha, danada, terrível, engraçada, louca...uma bela louca que ria como se o mundo fosse uma gargalhada. Isso foi em Lima, a nossa infância de brincadeiras, muitas travessuras (a gente aprontava pra caramba) e picarones em uma Lima de brincadeiras de rua, de bairro, de histórias para asustar a los hermanos menores...
Muito tempo depois as festas natalinas foram com essa prima Mariella, agora com a vida no Brasil....Recuerdo que Brasil entro em mi vida desde la infancia y a través del acento de tía Nilza, de su alegría, del pão de queijo mineiro que nos preparaba y los recuerdos de ella y de tío Carlos en voz alta, de sus historias de Brasil...que hicieron que un día atraviese américa del sur para saber cómo se siente al otro lado....
Ahora escribo desde este, el otro lado....
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