Recuso a injeção para esquecer.
Caio Fernando Abreu
De criança eu adorava vestir a minha fantasia de abelha para brincar com a minha prima Mariella, meu irmão, seus irmãos...todos aparecemos danados nas fotos. Sei da fantasia de abelha pelas fotos da Kodak (com flash em forma de cubo gelo) com a que meu pai tirava fotos da gente o tempo inteiro.
A música é Arnaldo Antúnes e A casa é sua...
Passei meu anivêrsario, o dia 21 de solstício, em Salvador. Dia lindo, começou no rio e terminou com a prima Mariella...
Acordei em Maragogipe, banho de águas de rio e de mar no rio Paraguassú. Muito cedo,muito cedo, o sol tímido ainda nas águas do Paraguassú que rápidas me abraçaram...
Regreso, pasé de nuevo por São Félix, um adiós a Cachoeira y com sol llegué a Salvador. Paisajes de Salvador: elevador Lacerda, Pelourinho, Ladeira do Carmo, santo Antônio. Allí me esperaban Edmundo y Victoria, dos queridos amigos peruanos. Celebramos juntos el inicio del verano frente al mar de Jorge Amado y el horizonte se nos hizo infinito de miradas, palabras, suenhos, esperanzas, deseos, pareceres, más y más curiosidad....silencios de reconocerese, de conocerse, de encontrarse....
La maravilla de encontrarnos en Salvador...
Primera torta de coca, primeiro bolo de coca e o encontro das mulheres na noite de luar em Salvador, numa casa com ares de iemanjás, delicadas dobraduras de papel, caixinhas de mistérios, garrafas de todas as transparências e palavras onde menos imaginas encontrá-las...
Dias de mar e de encontro com a amiguinha, a prima da infância. Ainda lembro da Mariella piralha, danada, terrível, engraçada, louca...uma bela louca que ria como se o mundo fosse uma gargalhada. Isso foi em Lima, a nossa infância de brincadeiras, muitas travessuras (a gente aprontava pra caramba) e picarones em uma Lima de brincadeiras de rua, de bairro, de histórias para asustar a los hermanos menores...
Muito tempo depois as festas natalinas foram com essa prima Mariella, agora com a vida no Brasil....Recuerdo que Brasil entro em mi vida desde la infancia y a través del acento de tía Nilza, de su alegría, del pão de queijo mineiro que nos preparaba y los recuerdos de ella y de tío Carlos en voz alta, de sus historias de Brasil...que hicieron que un día atraviese américa del sur para saber cómo se siente al otro lado....
Ahora escribo desde este, el otro lado....
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